Com um chapéu e seus fones de ouvido
Um garoto dançava pelas ruas vazias,
Às vezes movimentadas,
Durante a tarde ou a noite.
Ele não ligava para os olhares,
Nem se achariam que ele é louco,
Pois ele era apenas feliz.
Na verdade nem dança era,
Eram movimentos aleatórios, giratórios,
Com os braços e as pernas,
Movimentava-se ao ritmo da música.
Dentro da sua cabeça aquele era seu mundo,
Alheio a qualquer som exterior ele pensava ser alheio ao exterior.
Com seus fones de ouvido aquele se tornava um mundo paralelo,
Um mundo só dele, dentro daquela mente, daquele momento,
Ele era rei, ele era o rei de um mundo só.
E quem poderia julgá-lo?
Apenas todos os que o viam passar, dançar, sempre sorrindo.
Mas todos seriam externos, não pertenciam ao mundo dele,
Então por quê deveria se importar?
Quem poderia dizer que aquele garoto já foi incrivelmente triste?
Quem poderia dizer que ele já tentou se matar?
Quem poderia dizer que ainda chora a perda dela quase todo dia?
Ninguém poderia dizer, pois o sorriso dele era perfeito.
Não, não era falso, era verdadeiro,
Apesar de toda dor e lágrimas, ele sempre sorriu.
Ele é sempre feliz apesar de tudo,
Agarra-se a vida e a aprecia em todos os pequenos e efêmeros momentos.
Alheio a tudo, alheio a todos,
Era sempre só, dançando sem par nem coroa,
Sem rainha, sem súditos ou vassalos,
Era o rei do seu mundo,
O rei de um mundo só.
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