quinta-feira, 28 de outubro de 2010

PENSE E REFLITA, QUER CONTINUAR COM SEUS VALORES CAPITALISTAS?

Pare de preparar o futuro,
Pare de planejar riquezas,
Viva o presente e esqueça o dinheiro.
Pra você não é suficiente um meio de transporte,
Tem que ser o melhor para poder contar vantagem,
Não adianta moradia,
Ela tem que ser grande o suficiente pra caber tudo do que você não precisa,
Não adianta roupas,
Tem que ser caras e de marca.
Não o culpo, o sistema nos impõe tais valores,
Maldita sociedade capitalista,
Esqueça o lucro e a cidade grande,
Ela só nos traz individualismo,
Aproveite a natureza e sua beleza infinita,
Aproveite a vida contemplativa.
Quem disse que bem sucedido é aquele que trabalha e ganha bem?
Ou aquele que possui uma casa cara ou um carro italiano?
Seus valores são os materiais,
Onde fica o amor?
Onde ficam as amizades verdadeiras?
Onde fica a sabedoria e a vida contemplativa?
Pra que colégio? Quando eles só nos ensinam valores capitalistas,
Quando eles só nos ensinam a escutar e aprender, sem se perguntar o porquê,
Pra que colégio? Quando a vida me ensinou tudo que eu precisava saber,
Quando eu mesmo por pura reflexão e contemplação achei meus valores.
Abra sua mente, pense e reflita,
Eles estão te manipulando pequeno operário alienado,
Eles não querem que você pense ou reflita,
Maldita alienação,
Malditos valores capitalistas,
Maldita sociedade corrompida.
Meus valores são baseados na felicidade, no amor e na sabedoria,
Os seus são baseados no lucro e no bem material,
Pense um pouco, reflita.


Vinícius Vianna

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

VIVA O REAL

Pare de sonhar demais, pare de se iludir, pois enquanto você sonha sua vida está passando e a realidade está aqui. É, ela é uma merda eu sei, não vou mentir. O problema de voar é que um dia você terá que pousar, então seu mundo da fantasia, seus planejamentos sonhadores, todos irão se chocar com a dura realidade, e talvez você não consiga resistir.


Vinícius Vianna

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

VOCÊ ME ATORMENTA ATÉ EM MEUS SONHOS

Eu vou dormir,
Tento esquecer,
Mas duvido que eu vá conseguir,
Pois só penso em você.
De um lado para outro eu me reviro,
Se eu fecho os olhos você me vem à mente,
Suspiro,
Grito abafadamente,
Soco o travesseiro,
Mordo os dentes,
Você me atormenta o dia inteiro,
Você apenas finge e mente.
Finalmente,
Consigo dormir e acho que poderei relaxar,
Mas até em meus sonhos você vem me atormentar,
Como sou inocente.
Estou sozinho como sempre, desta vez em casa,
Relaxando,
Tentando manter a mente ocupada,
Então você toca a campainha com seu namorado e já vai entrando.
Diz que agora eu sou passado,
E depois manda seu namorado na cozinha te fazer um agrado,
Então você mente,
Aproveita que ele está ausente,
Diz que ainda me ama,
Faz reacender essa chama,
Beija minha boca e meu pescoço,
E depois me joga no fundo do poço.
E eu ainda estou lá,
Desesperado a chorar,
Tentando desistir de te amar,
Tentando acordar.


Vinícius Vianna

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ARGUMENTOS DE UM CORAÇÃO SEM RAZÃO

Há dias venho tentando ver a razão de alguns dos meus atos.
A razão dos meus textos torna-se ilógica
E disso só me resta a certeza de uma dúvida não questionada,
A razão é exterior a emoção.
Pensamentos vindo do coração não necessitam razão,
São tão racionalmente ilógicos,
Tão certos da emoção e ao mesmo tempo incertos do ato.
Sempre procurei argumentos nos meus atos
E agora ajo apenas por sentir,
Sem ver lógica aparente no que eu faço.
Mas sinto estar fazendo o certo,
Porém errando ao mesmo tempo.
É incrível como a falta de razão jamais me pareceu tão certa.
O quanto a lógica de repente me parece falha quando pensamos com o coração...
Atos não pensados,
Certezas sem argumentos.
Começo a ver a lógica naquilo que não tem,
Esta lógica certa e sem razão
De que temos que fazer o que sentimos,
Deixar acontecer e jamais temer.
Nunca a falta de argumentos me deu tanta certeza,
O amor não possui lógica ou razão,
Não possui pensamentos, apenas sentimentos,
Sentimentos tão lógicos e incertos.
É uma confusa complexidade
E ao mesmo tempo tão certa
Quando tentamos ver a lógica do coração,
O argumento falho da emoção,
O sentimento tão exterior ao lógico pensamento,
Porém presente em tudo o que pensa.
Ver a lógica da emoção é algo tão simples
Quanto ler um livro fechado ou correr deitado.
É quando o cérebro falha em sua razão,
E deixa que assuma a emoção do coração.
E depois de tamanha reflexão,
Eu encontro tantas certezas...
Mas nenhuma resposta,
Não vejo solução.


Vinícius Vianna

terça-feira, 19 de outubro de 2010

MULTIPLICIDADE DE COMPREENSÃO

Cada um com seus conceitos,
Cada um com seu ponto de vista,
Todos vemos de um jeito diferente,
Diferentes visões da vida.
Todos estão certos,
Todos estão errados,
Ninguém está sozinho,
Ninguém está ao seu lado,
Todos mudarão,
Todos morrerão.
Céu e inferno,
São conceitos incertos,
Quando visto que não há padrões,
Para o certo ou o errado,
Analisaremos apenas as situações,
E veremos que há exceções,
Circunstâncias definem o bem e o mal,
Cadê a ética e a moral?
Se seguir a lei é fazer o bem,
Então a política já definiu as regras da religião,
Cada um que veja o mundo como bem entender,
São conceitos pessoais que um dia mudarão,
Multiplicidade de compreensões,
Do mundo e da vida, grandes ilusões.
E nesta minha vida contemplativa,
Reflito tudo isto do alto de uma colina,
Enquanto no horizonte o Sol é engolido pelo mar,
E eu fico aqui a admirar,
Contemplar, pensar e chorar,
Maldição!
Será que no final tudo será em vão?


Vinícius Vianna

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A HISTÓRIA CHEGOU AO FIM

Você diz que eu não entendo,
Me diz que eu não sei de nada,
Estou dizendo... Eu tento,
Mas sua boca não tem palavra.

Eu não sou capaz de ouvir,
O silêncio onde se encontra seu sentimento,
Não sou capaz de sentir,
A confusão do seu misterioso pensamento,
Nem fui capaz de decifrar,
O enigma do teu olhar.

Mas fui capaz de amar,
E sou capaz de sacrificar,
Sacrificar hábitos e gostos apenas para te merecer,
Apenas para você voltar.

Eu não sei se tento esquecer,
Mas você insiste em me lembrar,
Da dor que me causou,
Da minha confusão que agora voltou,
Graças a sua indecisão,
Sua também obscura confusão.

Você rejeita,
E eu tento provar,
Você finge que aceita,
E eu não sei se devo acreditar,
Você provoca,
Mas não sei se você se toca,
Que está brincando com minha emoção,
E que não se deve enganar o coração.

Mas e se eu te procurar,
Você largaria o que estivesse fazendo para comigo vir falar?
E se eu te fizesse entender,
Você confundiria sua confusão pra que eu não precisasse te esquecer?
Se eu provasse o que estou disposto a perder,
Você acreditaria que eu só quero você?
Mas e se eu tentasse te amar,
Você tentaria não me machucar?


Vinícius Vianna

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ILUDIDO AFOGADO

Estava sentado sozinho na praia,
Estava frio e escuro.
A Lua iluminava meu rosto,
Iluminava as lágrimas que desciam minha face.
O vento soprava gélido no meu cabelo,
Tentando me acalmar em vão.
Eu olhava ao redor em busca de conchas,
Em busca de esperança,
Mas o mar parecia ter levado todas elas.
Então resolvo me deitar e chorar em desespero.
Olhava o céu, olhava as estrelas,
Mas nenhuma delas tinha um brilho que me agradava,
Com exceção de uma estrela,
Uma única estrela no horizonte,
Porém ela parecia não querer brilhar para mim.
Mas eu não desisti,
Entrei no mar até a água me cobrir por completo,
E nadei, nadei em direção ao horizonte,
Em direção à estrela.
Começou a ficar cansativo,
Me livrei do que tinha no meu bolso,
Sacrifiquei coisas que gosto,
Joguei fora as roupas que me pesavam e me atrasavam,
Tudo para poder alcançar aquela estrela.
Mas ela parecia não reconhecer tamanho esforço,
Ela ainda não brilhava para mim.
Mas eu continuei nadando,
Sacrificando coisas no caminho,
Sacrifiquei parte da minha alegria,
Parte da alegria dos outros,
Mas parecia que eu não tinha saído do lugar,
Continuava a mesma distância entre mim e aquela bela estrela
Que ainda se recusava a brilhar,
Se recusava a ver meu sacrifício.
Nadei até me afogar,
Comecei a afundar aos poucos,
Até chegar a mais completa escuridão submarina.
E ainda não vi nenhum brilho,
Nenhum brilho em reconhecimento,
Nenhum brilho pra me tirar do escuro,
Nenhum brilho a estrela me deu pra me guiar até ela.


Vinícius Vianna

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

BONECO ABANDONADO

Sou apenas um boneco,
Uma marionete controlada por você.
Você me tinha em suas mãos
E controlava cada movimento meu.

Você gostava de bancar a ventríloqua,
Mas as pessoas percebiam seus lábios se moverem
Enquanto as palavras saíam da minha boca
E você botava sentimento nelas.

As linhas do meu corpo se conectavam diretamente ao seu
E você as usava para me controlar a sua vontade.
E você gostava dessa brincadeira,
Você gostava do boneco.

Mas agora você cansou, cresceu,
Já não é mais criança.
Cansou dessa brincadeira,
Ou talvez tenha se cansado apenas da marionete em si.

Você me esqueceu,
Se cansou de mim e me jogou no lixo,
Foi procurar outro boneco para brincar
Ou quem sabe um livro para ler.

Mas acontece que você esqueceu um detalhe,
Esqueceu das linhas que você usava para me controlar,
Esqueceu de cortá-las.
Continuo preso a você.

Sou apenas uma marionete,
Não sei viver sem estar nas mãos de alguém,
Você se afasta e as linhas continuam me puxando.
Não as corte, deixe-me conectado a você.

E então quando você perceber seu erro
Ou quiser voltar aos tempos de infância
Daquele boneco esquecido,
Basta puxar as linhas e me trazer para perto de você,
Ou então apenas as siga e elas te levaram até mim,
E eu estarei esperando por você.


Vinícius Vianna

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

NÃO SABER O PORQUÊ, APENAS SENTIR E FAZER

Sendo assim eu não sei o que te falar,
Eu não sei o que fazer,
Eu não sei o que pensar,
Mas eu sei qual é o meu dever,
Tenho o dever de te reconquistar,
E pra perto de mim eu vou te trazer,
Ouça a emoção e saberá que deve arriscar,
Medo do futuro você não deve ter,
Apenas deixe rolar,
Não ligue pro que os outros vão dizer,
Eu vou tentar não te decepcionar,
E dos nossos erros iremos esquecer,
Eu te prometo que para mim você irá voltar,
Espere, pois irei te buscar.


Vinícius Vianna