sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ROMANTISMO PARA O FIM DO MUNDO

E se neste dia o mundo realmente há de acabar?
Será que seria estranho te contar
O quanto eu gostaria de ver a paisagem final num telhado?
Apenas eu e você, assim, lado a lado.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

JUST AN EMPTY LOVE STORY

Eu sinto falta de uma história de amor,
Sinto falta da sensação de um novo amor,
Sinto falta daquela sensação quando você sabe que o gosto do beijo dela
É tão bom quanto você imaginou que fosse.
Estou cansado dessas velhas amantes,
Todas com seus velhos corpos
E suas mesmas velhas histórias.
Eu apenas sinto falta do momento quando você percebe que é amor,
E você tenta dizer à si mesmo que é uma mentira,
Que você está confuso e que você não a ama.
Então você percebe que é, na verdade, amor,
E diz pra si mesmo que vai lutar contra isso,
Que não vai se permitir apaixonar-se novamente,
Diz que vai esquecê-la...
Mas no final você se pega sorrindo à cada vez que pensa nela,
E seu único desejo é tê-la em seus braços em algum lugar romântico.
É tão errado assim desejar um sentimento tão belo?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SOBRE O QUE ESCREVER QUANDO NÃO HÁ AMOR?

Ando pelo quarto de um lado à outro,
Sento, faço um esboço,
Me frusto com minha falta de ideias,
Com a sacola vazia de palavras velhas.

Amasso a folha, jogo-a longe,
Bato na mesa, a poesia teme e se esconde,
Respiro, me acalmo e chamo-a de volta,
Dizendo que não precisa temer o bater das minhas botas.

Mas até entendo, até me entendo,
Afinal que poeta é esse que chama a poesia sem ter amor?
Que acha que por estar apenas vivendo
É digno de escrever com tanto fervor.

Como posso eu escrever sem amar?
Para um poeta isso é como pecar,
Eu apenas faria metáforas sobre a realidade,
E preencheria textos com banalidades.

Mas como posso achar a irrealidade
Quando não tenho nem o que é real?
Quando o meu coração se tranca em tantas grades
E julga qualquer pessoa ser o mal.

Tantas esquinas dobrei,
Tantas portas destranquei,
Procurei chaves que não sabia nem a existência,
Apenas para voltar ao lugar onde havia perdido a crença.

O "X" marca o local, foi o que me foi dito,
Segui passo à passo o inútil mapa,
"Evitar o amor, perder um amigo",
E acabei retornando aonde havia começado tal etapa.

Encontrei o "X", o local de onde eu havia saído,
Durante o caminho acabei por me encontrar perdido,
E voltei com menos do que tinha quando parti,
Foi duro quando percebi.

Acabei por me achar vazio,
Sem jóias à serem garimpadas nesse poluído rio,
Vazio como uma pupa cuja lagarta morreu,
Parecendo virar borboleta quando o que ali estava há muito se perdeu.

Vazio como a folha de papel amassada
Como o saco de palavras inutilizadas,
Como a cela de segurança máxima dessa prisão,
Dessa prisão que ouso chamar de coração.