sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ CICLO NOVO

É... Feliz ano novo! Épocas novas, diferentes, melhores. Vamos lá, viver tudo de novo, mesmas dores, lágrimas, decepções, anseios e conflitos, mesmos abraços, beijos, carinhos jogados fora, mesma alegria e momentos entre amigos. Época de recomeçar, fazer planejamentos que nunca dão certo, época de achar que tudo será melhor quando nada é. Época de se iludir, de amar mais pessoas em vão, de ser amado por novas pessoas e apenas ignorá-las. Vamos viver as dores de jeitos diferentes, pessoas diferentes, ou quem sabe até as mesmas. Vamos recomeçar o ciclo, afinal as pessoas não mudam seu extinto. É... feliz ano novo.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

ANTES QUE CHEGUE O FIM

Eu não sei como posso continuar,
Sem você nada mais me satisfaz,
Meu caderno já não tem poesias,
Os remédios só me fazem piorar,
A garrafa vazia já não me faz esquecer,
Meu violão toca músicas que lembram você,
Olhar o pôr-do-sol já não me acalma,
As estrelas já não tem o mesmo brilho.

Estou perdendo a vontade aos poucos,
A vontade de amar,
A vontade de sonhar,
A vontade de andar.

Eu queria apenas que tudo explodisse,
Que eu queimasse mais rapidamente,
Quero que se foda meu coração de merda,
Quero que se foda a depressão que me causou.

Você é a única capaz de me ajudar,
Mas você me virou as costas,
Queria saber se ao menos se você olhou pra trás,
Enquanto caminhava pra longe de mim,
E me deixou aqui a esperar,
Como sempre esperar, sem agir.

Só peço que venha rápido,
Antes que a Lua laranja toque o horizonte,
Pondo fogo à minha existência,
E te deixando a lamentar.

Rápido!
Antes que eu perca também a vontade de viver.

VERSOS DE UM ANJO CAÍDO

Um coração partido,
Uma casa que te mata aos poucos,
Uma garrafa que já não satisfaz,
Remédios que já não curam.

Não são surpresas,
O bonzinho morrer no final,
Os amigos te virarem as costas,
Seus pais não te entenderem.

Eu só pedi você,
Era pedir demais?
Eu só pedi felicidade,
Era pedir demais?

Uma asa inútil,
Um caderno sem anotações,
Uma faca ao canto,
Uma auréola entrelaçada aos restos.

Não são surpresas,
Eu me contorcer de dor,
A mancha de sangue no chão,
Meu cadáver sem vida,
Você a chorar...
Ou não.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

FLOWERS IN YOUR GRAVE

I buried you,
Seven feet off the ground
Inside of my hearth.
Sometimes I visit your grave,
Sometimes I write new words in your epitaph.
But it doesn’t mean that I love you,
Doesn’t mean that I miss you,
I only like to remember us.
I can’t forget you,
Because you made me happy
At least for a little while.
I only like to imagine
The different ends for our story,
The different ways that I could have treated you,
The different ways that you could have treated me.
I know that I deserve this,
But not in the way that you have done to me.
No, I don’t miss you,
I don’t love you anymore,
But I still visit your grave,
I still remember you,
I still have good and bad memories,
I still write poetry in your name,
I still put flowers in your grave.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

AO SEU LADO

Eu cansei,
Cansei de ter ver na estrada
Que leva à lugar nenhum,
Cansei de te ver andar,
Sem sair do lugar,
Cansei de te ver olhar para os dois lados
Onde não passa carro algum.
Estou cansado de te ver jogar os dados,
E avançar menos casas do que lhe é possível,
Parece que gostamos de ficar pra trás,
Gostamos de cair no “volte para o começo”.
Não suporto mais te ver em casa,
Sozinha em meio àquela opressão,
Não suporto olhar
Pelo lado de fora da sua janela,
Enquanto você sangra e chora,
Sem me convidar para entrar,
Sem me deixar ajudar.
Você insiste em não perceber,
Que enquanto você caminha
Eu estou ao seu lado olhando você,
Vendo você chegar à lugar nenhum,
Ou talvez você chegue,
Afinal quem sou eu para dizer o destino dos outros?
Mas eu insisto em não desistir,
Achando que algum dia
Você me deixará ler o livro da sua história,
Achando que algum dia
Você me mostrará suas feridas e me deixará curá-las.
Eu insisto em sonhar,
Que algum dia eu irei te tirar de lá,
Que algum dia você aceitará minha mão,
E me deixará caminhar ao seu lado,
Para que juntos cheguemos a algum lugar.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

VIDA DE PAPEL

Acho que não pertenço a este lugar,
Essa vida cheia de sofrimentos.
Pareço viver num romance literário,
Achando que tudo acabará bem,
Ainda acreditando nos bons valores,
Ainda acreditando que serão recompensados.
Mas a vida simplesmente não é assim,
Eu sou bonzinho demais para esse mundo sem tinta,
Esse mundo sem papel ou caneta,
Onde pisam em mim como pisam em uma folha na rua.
Enquanto nem mesmo as boas histórias de amor
São tão felizes quanto parecem,
Afinal, Romeu se matou
Antes que Julieta quebrasse seu coração,
Julieta se matou
Antes que Romeu a traísse.
Talvez eu seja só um pícaro,
Ou um personagem secundário qualquer,
Talvez eu seja amaldiçoado,
Ou não tenha encontrado meu final ainda,
Talvez sem que eu perceba eu seja o vilão,
Mas se depender de você posso ser até o príncipe encantado.
Mas a caneta simplesmente não está na minha mão,
Não a caneta da minha história,
Quem a escreve não sou só eu,
São todos vocês,
E eu fico a aguardar o final feliz,
Enquanto a tinta escorre dos meus pulsos,
E eu permaneço segurando a borracha na mão
Com tanta convicção.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

SILÊNCIO

Silêncio, a única coisa que há entre nós,
Não importa o quanto a gente converse
Há apenas o silêncio,
O silêncio de nossos corações,
Que temem trocar palavras,
Que silenciam por medo.

Tão bom seja o nosso silêncio,
De quando estamos juntos olhando as estrelas,
Como se nada mais precisasse ser dito,
Além de “eu te amo”.

Maldito seja o nosso silêncio,
Que habita um ridículo medo,
Que nos cala palavras maiores,
Que nos cala o belo sentimento.

Não podemos mais simplesmente silenciar nossos corações,
Achando que é errado tudo o que sentimos.

Não lhe peço barulho
Ou qualquer outro som,
Apenas não quero seu silêncio eterno,
Queria apenas que você falasse que me ama,
E então poderia calar-se,
Pois eu falaria por nós dois.

Apenas não quero o silêncio duvidoso,
O silêncio com medo,
Quero o silêncio certo,
O silêncio com amor.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

CERTEZAS DE ILUSÕES

Queria poder voltar ao passado,
Queria poder fazer diferente,
Queria poder parar de pensar em você,
Mas torna-se difícil esquecer,
Queria ao menos saber... Onde esta você?
Será que pensa em mim enquanto esta com ele?
Imagino que não.

E todas nossas conversas,
Todas nossas madrugadas jogadas fora,
Todos os carinhos e elogios que trocamos,
O que aconteceu com essas lembranças?
O que aconteceu com aquele “Ainda podemos ser amigos”?
Será que pensa nisso enquanto esta com ele?
Imagino que não.

Todas aquelas suas incertezas,
Que ainda me deixam incerto,
Todas aquelas palavras,
Cuja verdade delas você não provou,
Você me feriu, mentiu,
Me deixou aqui a indagar:
Será que pensa na minha dor enquanto esta com ele?
Imagino que não.

Você desapareceu, sumiu,
Mas continua na minha mente,
Me deixou aqui,
Olhando o relógio que avança lentamente,
Imaginando quantas voltas o ponteiro dará até você voltar,
Olhando pela janela fechada,
Imaginando se algum dia você vai aparecer na esquina me procurando,
Olhando pro caderno,
E jogando pensamentos neles,
Apenas palavras bonitas pra você,
Pois é incapaz de ver o sentimento nelas.

E através desse caderno venho lhe perguntar:
Será que você algum dia voltará pra mim?
Gosto de pensar que sim.