"Atenção, senhores passageiros,
Estamos passando por Recife."
E que passagem essa,
Que meu coração acelera só ao imaginar
Qual dos prédios abaixo seria o seu.
E que passagem essa,
Que deixa aquele desejo de estadia,
Que me rouba o destino final
E me deixa a desejar que ele seja você.
"Atenção, senhores passageiros,
Faremos agora uma escala em Recife."
Que dor saber que aqui estou,
E nada posso fazer
Além de me ver partir.
E que estadia é essa
Que não dura ao menos um dia,
Que não dura ao menos o tempo
De um abraço teu.
"Atenção, senhores passageiros,
Aqueles com conexão em Recife, favor desembarcar."
E que maldita conexão
Que não me da o tempo de te ver,
Que não me conecta à você.
E que maldita ironia,
De estar aqui, pouco tempo,
Tão próximo,
Mas ao mesmo tempo tão distante de você.
"Atenção, senhores passageiros,
Chegamos ao nosso destino final, Recife."
E que besteira minha sonhar
Que a saudade se mata
Com um falar de frases,
Um escrever de textos,
Um simples desejar estar.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
terça-feira, 12 de novembro de 2013
VERSOS DE TERÇA
É terça-feira
E vejo os bares todos lotados.
É terça-feira
Mas o barulho dos copos a brindar enche a rua.
É terça-feira
Mas cervejas são derramadas nas mesas
E amigos viram copos inteiros pra saudar
A forma com que a folha da 5ª árvore à direita caiu na mesa ao lado.
Essa cidade não mede dias, não mede doses, não mede o tempo...
Essa cidade não faz sentido...
É terça-feira
E vejo um bêbado sem camisa cantando uma pipoqueira.
É terça-feira
E os estudantes voltam pra casa com seus violões
E seus amores quebrados, vividos, sonhados ou conquistados.
É terça-feira
Mas aguardo o meu amor em casa.
Essa cidade não faz sentido...
Aqui o carnaval dura o ano inteiro,
A boemia é levada à sério demais
E nem mesmo os Sóis e chuvas obedecem alguma lei aqui.
Hoje é terça-feira...
Mas volto sóbrio pra casa.
E vejo os bares todos lotados.
É terça-feira
Mas o barulho dos copos a brindar enche a rua.
É terça-feira
Mas cervejas são derramadas nas mesas
E amigos viram copos inteiros pra saudar
A forma com que a folha da 5ª árvore à direita caiu na mesa ao lado.
Essa cidade não mede dias, não mede doses, não mede o tempo...
Essa cidade não faz sentido...
É terça-feira
E vejo um bêbado sem camisa cantando uma pipoqueira.
É terça-feira
E os estudantes voltam pra casa com seus violões
E seus amores quebrados, vividos, sonhados ou conquistados.
É terça-feira
Mas aguardo o meu amor em casa.
Essa cidade não faz sentido...
Aqui o carnaval dura o ano inteiro,
A boemia é levada à sério demais
E nem mesmo os Sóis e chuvas obedecem alguma lei aqui.
Hoje é terça-feira...
Mas volto sóbrio pra casa.
domingo, 10 de novembro de 2013
PONTE-(A)MAR
Vou olhar a maré,
E ter fé de que um dia
Ela traga você pra mim,
É o fim que nos aguarda.
Então guarda essa reza vã
Que ainda vamos nos ver
Num outro amanhã.
Vou olhar o mar
Que nos separa e nem repara
No sal que joga na ferida
Ainda aberta, esquecida,
Que ainda aperta o peito
Certo de que não vai doer
Nem arder por você.
Não vale a pena jogar sal
Num mar de lágrimas
Por quem já se afogou.
Seria loucura dizer
Que vou nadar o mar inteiro por você?
Vou olhar a maré,
Que vem e vai como a vida,
As mulheres e os amigos.
Que carrega o infinito numa onda,
Que te afoga e te arrasta
Pro fundo do oceano
Que me separou de você.
Vou olhar o mar
Que limpa a pele, que lava a alma,
Que não se acalma enquanto o céu
Não parar de chorar
Pelo encontro de dois anjos
Que voaram o mar
Apenas para se encontrar.
Não vale a pena jogar sal
Num mar de lágrimas
Por quem já se afogou.
Seria loucura dizer
Que vou nadar o mar inteiro por você?
Mar que alimenta,
Que mata de fome,
Que tenta sem fim
Nos tornar homens e tal,
Homens de sal que se dissolvem
Ao chorar no mesmo mar
Que nos ensinou a amar.
Mas não se entristeça
E nem se esqueça
Que o mesmo mar que nos separa
É a ponte que repara a distância,
Que mata a ânsia
Que a gente tem de se encontrar
Para nos amar.
E ter fé de que um dia
Ela traga você pra mim,
É o fim que nos aguarda.
Então guarda essa reza vã
Que ainda vamos nos ver
Num outro amanhã.
Vou olhar o mar
Que nos separa e nem repara
No sal que joga na ferida
Ainda aberta, esquecida,
Que ainda aperta o peito
Certo de que não vai doer
Nem arder por você.
Não vale a pena jogar sal
Num mar de lágrimas
Por quem já se afogou.
Seria loucura dizer
Que vou nadar o mar inteiro por você?
Vou olhar a maré,
Que vem e vai como a vida,
As mulheres e os amigos.
Que carrega o infinito numa onda,
Que te afoga e te arrasta
Pro fundo do oceano
Que me separou de você.
Vou olhar o mar
Que limpa a pele, que lava a alma,
Que não se acalma enquanto o céu
Não parar de chorar
Pelo encontro de dois anjos
Que voaram o mar
Apenas para se encontrar.
Não vale a pena jogar sal
Num mar de lágrimas
Por quem já se afogou.
Seria loucura dizer
Que vou nadar o mar inteiro por você?
Mar que alimenta,
Que mata de fome,
Que tenta sem fim
Nos tornar homens e tal,
Homens de sal que se dissolvem
Ao chorar no mesmo mar
Que nos ensinou a amar.
Mas não se entristeça
E nem se esqueça
Que o mesmo mar que nos separa
É a ponte que repara a distância,
Que mata a ânsia
Que a gente tem de se encontrar
Para nos amar.
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