domingo, 13 de novembro de 2011

UMA CELA DE LÁBIOS

Apenas para mim teus lábios tornam-se prisão,
Prendendo palavras que gritam para serem soltas,
Que gritam para adentrarem meus ouvidos,
Gritam para que essa tua prisão se una a minha.
E eu, com esta minha prisão,
Cujas palavras já se acomodaram em tal cela,
Cujas palavras te olham mas já não se esforçam para fugir.
Eu com esta minha prisão lhe fornecerei a chave,
Com um leve clique de uma língua apaixonada,
Farei de minhas doces palavras um "Abre-te Sésamo".
E já não haverá prisão e nem celas,
Hávera apenas a liberdade de prisioneiros que tanto tentaram fugir,
Mas quando soltos desistiram de gritar aos céus o que gritavam aos tetos,
Desistiram de unir a liberdade deles com a minha.

2 comentários:

Olá, meu caro leitor. Faça um escritor carente e necessitado feliz, deixe seu comentário.