Sou um amante do antiquado,
Amo os papéis, canetas,
Livros e cadernos.
Não gosto de ler através de telas,
Gosto da textura dos papéis
Sobre meus dedos,
O cheiro de livro novo,
De livro velho,
As páginas amareladas...
Não gosto de digitar,
Gosto da tinta, dos dedos sujos,
Gosto das canetas tinteiro,
Das máquinas de escrever,
Gosto da pena,
Mas não de uma tela de computador.
Sou um lobo farejando papéis,
Com meus caninos sujos da tinta
Que escorre da minha boca.
Sou um amante do passado,
Do Arcadismo, Romantismo,
Da Belle Epoque e da Bossa Nova.
Sou o zumbi do Elvis,
Um Lennon incompreendido.
Sou as olheiras de Allan Poe,
Um pedaço esquecido da lógica sherlockiana.
Sou a paisagem de Monet
Nos olhos de Dali.
Sou o cristo me crucificando,
Martelando pregos em minha mão
A cada toque nas teclas de um teclado.
Estou pagando meus pecados pra reviver três séculos atrás.
Meus pregos são penas,
Meu sangue é tinta,
Escorrendo dos meus caninos esfomeados.
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