Onde estou não há voltas,
Não há retornos nem desvios.
Eu olho pra trás
E o caminho que trilhei
É substituído por uma parede,
Cada vez me empurrando mais para frente.
Onde estou não há volta.
Estou me tornando frio,
Cada vez mais lógico e calculista.
Sinto que não sou quem deveria ser,
Quem nasci para ser.
Sinto que não sou mais eu.
E sinto que isso é crescer,
Sentir o vazio crescendo no peito
Até te dominar quase por completo,
Até te tornar num grande vácuo
Onde o som não propaga
Onde a gravidade não chega,
Onde o amor não atinge.
Onde estou não há volta.
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