Acordei de repente com um barulho,
O telhado rangia como se houvesse um enorme peso sobre ele,
As janelas batiam a ponto de se quebrarem,
Toda a pequena casa em que eu morava parecia estar se sacudindo.
Eu estava apavorado,
Os ventos tentavam tirar minha casa do solo,
A neve bloqueava a porta,
As janelas haviam sido congeladas,
A eletricidade tinha acabado,
A casa foi cedendo a medida que a tempestade aumentava,
As janelas quebraram-se,
Cortes foram feitos,
As vigas e colunas rachavam-se aos poucos,
A casa ia desmoronando...
Lembro de ter apagado,
E algo gelado me envolvia.
Acordei quase que enterrado na neve,
A tempestade não deixara nem mesmo o chão da minha casa,
E pior... Ela havia levado também meu coração,
Parece que ele não resistiu a tamanha destruição,
Mas no lugar dele a neve havia me dado outro coração,
Um coração de gelo...
Eu, tolo, achei poder viver com ele,
Mas a cada batida que esse novo coração dava,
Ele forçava o próprio gelo,
Que rachava-se aos poucos,
E agora esta a ponto de quebrar,
E quando acontecer,
Seus estilhaços se espalharão pelo meu corpo,
Cortando tudo por dentro,
E enfim pondo um fim a minha vida.
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