sexta-feira, 13 de maio de 2011

APENAS POR AMOR

Hoje te vi sentada em sua cadeira,
Brincando com sua caneta com um olhar vazio,
Eu estava sentado tão longe de você,
Mas mesmo assim ainda pude ver.
Você botou a caneta na mesa,
E ela rolava em sua direção,
Mas havia um espaço enorme entre ela e você,
Espaço esse que você pôs ao se afastar demais,
Então ela caía,
Mas você a segurava e a botava no lugar,
Apenas para ver o ciclo todo novamente.
Mas você não deixava ela se aproximar demais,
Sempre a fazia voltar ao começo.
Você não entendia que algo a levava até você,
Física, instinto, gravidade ou amor.
Mas você gostava do jogo,
Gostava de empurrá-la em sua direção,
Mesmo quando ela desistia de rolar.
E assim continuou,
Até sua paciência esgotar,
Até a caneta cair e quebrar...

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