Hoje te vi sentada em sua cadeira,
Brincando com sua caneta com um olhar vazio,
Eu estava sentado tão longe de você,
Mas mesmo assim ainda pude ver.
Você botou a caneta na mesa,
E ela rolava em sua direção,
Mas havia um espaço enorme entre ela e você,
Espaço esse que você pôs ao se afastar demais,
Então ela caía,
Mas você a segurava e a botava no lugar,
Apenas para ver o ciclo todo novamente.
Mas você não deixava ela se aproximar demais,
Sempre a fazia voltar ao começo.
Você não entendia que algo a levava até você,
Física, instinto, gravidade ou amor.
Mas você gostava do jogo,
Gostava de empurrá-la em sua direção,
Mesmo quando ela desistia de rolar.
E assim continuou,
Até sua paciência esgotar,
Até a caneta cair e quebrar...
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