A madrugada vem,
Chega e traz consigo a insônia,
Minha velha companheira.
A madrugada vem,
Tirando suavemente a sobriedade
E dando-me aquela leve ebriedade sem álcool,
Fazendo-me desejar o álcool ou a droga
Que me tire a sobriedade de vez
E me de uma noite aconchegante de sono.
A madrugada vem,
Espalha as estrelas na mesa
E as pincela com a noite,
Para depois cobrir com a leve claridade do nascer do Sol,
Parecendo um quadro abstrato-progressivo.
A madrugada vem,
E traz consigo pensamentos ruins,
Coisas que eu não deveria sentir ou pensar,
Coisas que não consigo dizer
Se são realmente minhas ou da madrugada.
A madrugada vem,
A insônia fica,
O sono vai.
A madrugada parte,
E parte uma parte de mim consigo,
Levando um pedaço ao raiar do dia.
Quantas madrugadas mais serão necessárias
Até que ela complete meu quebra-cabeças?
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