segunda-feira, 6 de outubro de 2014

SEIO

Longe dos teus seios
Não há meios de ser feliz,
Não há inteiros e não há parcelas,
A infelicidade é uma densa esfera
Quando longe desse chamariz.

Não sei o que há em teu seio
Que tanto anseio para tê-lo,
Que me faz assim tão cheio para amá-la,
Que apenas ao vê-lo,
Felicito-me como se estivesse a beijá-la.

Tamanho me é o deleite desse teu seio
Como o será para nosso filho
O leite que dele provém.
E nem as distâncias mais ferrenhas
Vão impedir as ânsias que me convém.

Mas o que sei é que
Em teu seio repouso tranquilo,
Próximo ao teu mamilo
Meus sonhos brotam infinitos, infundados,
Sonhados por quem sonha viver ao teu lado.

O que sei é que em teu seio me aqueço,
Esqueço o cobertor
E me entrego ao calor do teu ser,
Pois em teu seio há o conforto
Que um dia este amante morto
Sonhou em ter.

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