Vim a conhecer o amor de verdade,
E este, arde até queimar a inspiração.
Já não sei amar com tinta,
Já não sei amar com versos.
Só sei amar com beijos,
Só sei amar com sexo.
E eu o deixo me queimar,
Pois acima da dor da poesia em chamas,
Amo nossos corpos a nos amar.
E a cada suspiro de saudade,
Uma rima é expirada.
A cada abraço de reencontro,
Uma metáfora sufocada.
E a cada sorriso,
Uma estrofe chora.
Já não vejo a hora de me ajoelhar
E dar à ela um anel,
Oferecendo tudo que há em mim
De caneta e papel.
Então nós seremos a poesia,
Seremos a rima mais bela
Que um dia sonhei em escrever.
E à ela vou dever a tinta
Que a cada dia
Escreverá nossas lindas estrofes.
E cada filho será um pingo,
Perfeito e lindo,
De tinta no papel.
Que crescerá nesse carrossel
De repletas rimas
Até tornar-se outra poesia,
Incompleta, mal construída,
Ferida por riscos profundos,
Buscando uma rima tão refinada,
Tão perfeita e embelezada,
Quanto a que o colocou nesse mundo.
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