quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

UM "SE" TÃO CERTO QUANTO HOJE

Ah se não fossemos tão jovens para o mundo,
Faríamos mais uso desse nosso amor tão profundo,
Faria deste anel, aliança,
E nesse quarto, esta boba dança,
Seria uma dança numa multidão, ao vento,
Todos admirando nosso casamento.
Passaríamos a lua-de-mel na Argentina,
Rolando na cama até altas horas da matina.
E sob a luz da Lua, juntos dormiríamos,
E ao acordar nos olharíamos,
Sorriríamos um para o outro,
Mesmo com esse meu sorriso meio torto,
Lhe daria um beijo no pescoço,
E com os raios de sol no nosso rosto,
Daria bom dia à minha doce dama,
E até lhe traria café na cama.
Quem sabe até não teríamos um ou dois filhos,
Deixaríamos que seguissem os próprios trilhos,
E quem sabe um deles não tivesse o mesmo sorriso envergonhado que você,
E o outro, como eu, saiba escrever,
E quem dera se eles forem tão belos quanto a gente,
Não de beleza, mas de um coração decente.
Quem sabe não fiquemos juntos até envelhecer,
Sentados num banco, de mãos dadas, vendo o entardecer,
Como em tantas outras vezes, sentados no meu telhado,
De mindinho entrelaçado, vimos o Sol nascer, se por, anoitecer...
Como em um dia de ano novo em que vimos os fogos estourarem,
Ouvimos nossas taças tilintarem e nossos corações se encantarem.
E foi nesse mesmo dia, que de mãos dadas e almas já entrelaçadas,
De braços cruzados e corações já apaixonados,
Começamos esse nosso belo namoro,
Que vale até mais do que ouro,
E que duraria até criarmos família, ficarmos idosos,
Morando numa ilha como dois preguiçosos,
Sentados num banco, de mãos dadas, vendo o entardecer,
Lembrando desse belo amor que jamais viria a morrer.

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