Eu havia ido embora,
Sai um pouco de casa
E fui até a praia pensar um pouco,
Esfriar a cabeça.
Sentei na areia e fiquei a observar o céu.
Era simplesmente belo,
Não havia mais nuvens,
Eu podia ver todas as estrelas
E cada uma tinha seu brilho.
Mas mesmo assim isso parecia não ser o suficiente,
Eu tentava ligar as estrelas
E a ligação não me fazia sentido.
Eu acabava me perdendo,
Não sabia o que fazer.
Havia um rastro mais claro no céu,
Como um caminho,
Perguntei-me o que seria,
Restos das estrelas que morreram sozinhas com o tempo?
Pedaços de corações partidos que subiram aos céus?
Lágrimas de anjos que congelarem no frio do céu durante o vôo?
Não fazia a mínima idéia,
Só sei que esse caminho me parecia incerto.
Queria voar até lá e ver,
Mas naquele momento minhas asas já não eram minhas.
Tudo me parecia mágico,
O silêncio do vento em meus cabelos agora curtos,
O som do mar indo e voltando e tocando meus pés,
O céu brilhando acima de mim,
Era tudo confortante e me acalmava,
Havia também estrelas cadentes que riscavam o céu,
Concedendo-me desejos em vão.
Ao longe no oceano,
Via-se a luz de um barco
Que confundia-se com a luz de uma estrela no mar,
Estrela errante que caiu no horizonte.
Andei confuso em meus pensamentos,
Adentrei o mar sem perceber.
A água molhava minha canela,
Acordei do transe por uma voz ao meu lado,
Eu a sentia desde que saí de casa,
Sentia-a conversando comigo,
Sentia sua presença,
Mas mesmo assim eu estava sozinho.
Dei meia-volta,
Beijei o nada na face,
Girei sozinho em uma perna só,
Com os braços abertos ao vento,
Como em uma dança solitária,
Dei um largo sorriso com sincera felicidade,
Desenhamos um coração na areia,
Rimos um pouco juntos,
E voltei para casa.
tu comanda, vei
ResponderExcluirsou tua fã