segunda-feira, 16 de novembro de 2015

SOBRE DESTINO E MATEMÁTICA

   Se eu acredito em destino? Veja bem... Não, eu não acredito. Não existe "a mulher da sua vida", "a única", ou como diria Ted Mosby, "the one". Você também não está destinado ao seu emprego dos sonhos, a fazer grandes coisas ou qualquer coisa do gênero. Nossa vida não está escrita, nós vamos escrevendo-a. Não da forma como queremos escrever, claro. Algumas coisas são escritas contra a nossa vontade, mas isso apenas prova que não somos Deuses, nós somos humanos.

   Mas apesar de não acreditar em destino, eu acredito que o universo nos dê chances e oportunidades e que cabe à nós aproveitá-las. Alguém poderia dizer, "mas eu conheci o pai dos meus filhos numa livraria, num dia qualquer que, por sorte, eu tinha algum tempo extra no intervalo do trabalho. Fui à livraria comprar um livro e lá estava ele com o mesmo livro que eu queria nas mãos, lendo-o. Fui perguntar o que ele achava do livro e agora estamos casados há vinte anos". Novamente... O universo deu uma chance e você a aproveitou, quantas coincidências do gênero não acontecem na vida e que acabam passando batidas? Imagina se você não pergunta à ele sobre o livro? Sua vida teria continuado normalmente até alguma outra chance do universo ser aproveitada, assim como o cara bonitinho no ônibus outro dia que poderia ter sido o destino, assim como a sua melhor amiga que você nunca teve coragem de revelar seus sentimentos, assim como o cara comprando um vinil do seu álbum favorito da sua banda favorita no próximo ano. E então você estaria novamente defendendo o destino dizendo que "mas se eu tivesse entrado naquela loja de música dez minutos depois eu não teria conhecido meu marido, é o destino". 

   A estatística é o verdadeiro destino aqui. Oferecendo-o diversas chances cuja incumbência de aproveitá-las cabe somente à você. Então fica aqui minha lição, faça seu destino. Não espere que o universo bata à sua porta e lhe empurre uma vida feita porta adentro. Ele pode bater à sua porta, mas cabe à você convidá-lo para entrar.

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