terça-feira, 24 de novembro de 2015

POEMINHA ENJOADINHO

Bela menina do sorriso leve,
Bebe comigo mais essa cerveja
E não veja meus olhos apaixonados
De ciúmes por tolos desamparados
Pousarem leve em nossa mesa.

Me cita um poema,
Recita um autor,
Me excita,
Retira o pudor que reflita
A dor que me aflita.

Oh doce menina
Dos cabelos negros,
Oh bela Inglaterra.
Será a minha sina ver-me enfermo
Por ter-lhe em tão longínqua terra?

Me cita uma poesia
Recita uma canção
Me recria,
Me recita companhia
Para este pobre coração.

Me puxa pra cama,
Me ama num gemido
Alto e agudo
E me beija com tudo
Que tua chama tiver para oferecer.

Me cita uma memória,
Recita uma história.
Me escreve,
Me rima em versos métricos,
Me faz ser poesia.

Oh, mas que tragédia,
O barco zarpou,
Partiu de volta para a Inglaterra,
Levando minha menina para a guerra.
A guerra dos homens,
De facas, espadas, revólveres e penas,
Deixando-me fome da minha pequena
Que agora me recita silêncio, apenas.

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