Ela nem se importou,
Correu atrás de outro
E assim que o assegurou,
Terminou.
Mas foi só ela cair na doce ilusão
Que é a verdade,
Que todo seu mundo desabou.
Assim como ela iludiu ele,
Seu novo amante iludiu ela,
E então sozinha ficou.
E chorou,
Não por ter machucado ele,
Mas por estar machucada,
Não por saber que tinha feito algo errado,
Mas por tê-lo trocado pela pessoa errada,
Por estar sozinha...
E ele também chorou,
Chorou de raiva, de frustração,
Mas seu coração era bom,
Ele pôde perdoar.
E ela vendo isso quis se reaproximar,
Chorou tudo que chorava por ela
Dizendo chorar por ele,
E usava aquela face bela,
Pra esconder o sorriso maligno por detrás das caretas,
Ou talvez não o fizesse por mal,
Fosse apenas egoísta, carente,
E por isso fazia tudo desse jeito, crente
Que não fazia nada de errado.
E enquanto ela o dizia o quanto sentia sua falta,
Ia procurando outras pessoas
Para suprir sua desesperada carência.
Mas sua inútil demência
O deixou descobrir suas tolas mentiras,
E foi quando ele despertou sua ira,
E toda descrença foi posta em sua face,
Se recusando a sequer mexer os lábios em sua frente.
Então o medo de que ele a ignorasse
Tornou-se realidade.
E a triste garota voltou à sua desesperada solidão,
Sem mais nenhuma chance de um alguém concreto,
Se conformando com momentos em vão
E se lamentando por saber que ele estava certo.
E ele seguiu sua vida com outras mulheres e é feliz,
Ele a superou,
E ela mereceu o que iludiu.
E quem diria que aquela quem traiu, chorou,
E aquele quem sofreu, sorriu.
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