Vejo você distante,
Branca como sempre fora,
Com aquele longo vestido preto
Naquele cemitério antigo
Coberto por neblina.
Você está quase que transparente,
Posso ver através de você
E você está desaparecendo.
Desaparecendo em meio às sombras
Assim como quando veio à mim,
Querida anja da noite.
Ou seria eu que teria ido a você?
Alguém te chama,
É, também posso escutar,
Também posso ver.
Posso ver também que você é incapaz.
Incapaz de dar uma mão a mim
Para atendê-lo com a outra.
Não, você não se contém,
Se entrega por inteira,
De corpo e alma,
E se esvai...
Você está desaparecendo,
Se distanciando, sumindo,
Está escutando o fantasma em você.
E como um espectro em meio à noite de neblina...
Você parte para outro plano...
Não, você não morreu,
Quem morreu foi o meu “eu” que estava em você.
"Não, você não morreu,
ResponderExcluirQuem morreu foi meu “eu” que estava em você."
Ótima tirada. Muito bom ;)