Ela move-se assim,
Anda como que alcoolizada,
Tropeça e derruba tudo por onde passa.
Quebra tudo em seu caminho,
Quebra até mesmo os corações.
Às vezes chega a quebrar até a si mesma.
Ela é boa atriz,
Finge andar enquanto está estagnada,
Finge até estar parada enquanto se move.
Chega ao seu lado sorrateiramente,
Como quem nada quer,
Aproxima-se sem ser notada
E lhe atinge de surpresa.
Porém sua falta de equilíbrio a denuncia,
Deixa evidente seus tropeços e falsos passos,
Tentando chegar como quem finge pensar em querer
Enquanto me afasto como quem já não quer
Mesmo que ambos saibamos que Também sempre quis.
Ela chega assim,
Tropeça e desequilibra.
E eu, por reflexo,
Ou por instinto de ajudar,
Sempre a seguro para não cair,
Ou dou-lhe a mão para levantar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá, meu caro leitor. Faça um escritor carente e necessitado feliz, deixe seu comentário.