sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
ANJO CAÍDO
Assim como um anjo caído, me foi tirado o céu, eu desabei de tamanha altura que eu não podia mais levantar, minhas asas negras haviam sido feridas. E por mais que me machucassem, me olhassem com desprezo ou me deixassem sangrando no chão, eu era incapaz de odiá-los, incapaz de machucar qualquer um deles, era incapaz desses baixos sentimentos humanos. Por mais que me machuquem, eu não irei ferir ninguém. Afinal, a vingança é para os fracos. Prometi para mim mesmo jamais fazer alguém sofrer como eu sofri. Acabei me levantando com o tempo, limpei minhas asas negras, não tentei voltar ao céu, havia muita coisa errada aqui e eu achava que podia mudar algo, tornar esse lugar melhor. Tolo... Sozinho jamais conseguiria, tentei amar, mostrar o amor, tentei em vão mostrar a bondade, tentei criar pessoas felizes, tentei tocar o coração delas, usei até de poesia para isso. Apenas queria fazer todos felizes, mas se aproveitaram da minha bondade... Mas eu não desisto, por mais que eu tente eu não mudo, jamais poderei mudar o mundo, fazer as pessoas acreditarem no amor, ensiná-las a valorizar os bons momentos, ensiná-las a perdoar, a não julgar, não estereotipar, não rebaixar os outros, não odiar... Defeitos, defeitos, defeitos demais, eu tinha defeitos demais. Cansei... Desistir? Jamais! Não desistirei de ninguém, não desistirei de mim... Vou continuar, continuar tentando mostrar à esse mundo como amar, continuar deixando meu rastro de sangue e penas negras por onde passar, mas afinal, quem é que vai se importar?
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Eu.
ResponderExcluirNós....
ResponderExcluiro/
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