segunda-feira, 11 de setembro de 2017

DE VOLTA À CASA

Sozinho na rua, distraído a caminhar,
A noite a cair, sonhos a perambular.
Então que paro e me encho de medo.
Que ser é esse que em minha frente vejo?
Parado, fora de si como um ser débil,
Cabelos emaranhados, tamanho médio.
Costas arqueadas e um olhar fora de si,
Penetrante, mas como se olhasse depois de mim.
Boce entreaberta, fera desalmada,
Pela vida ficara perdida ou abandonada?
Por que de forma tão bufante respiras?
Vais me atacar ou é medo que inspiras?
Por que apenas paras? Te prostras em minha frente?
Queres me impedir ou nada tens em mente?
És doente? És fraco? Ignorante?
Me roubarás e matarás pela fome gritante?
Mas fome de quê?
De comida, droga, sentido ou saber?
Então paro e eis que me some o medo,
Pois depois de tanto olhá-lo que percebo...
Rio, mas depois paro e entristeço,
Pois é um espelho que em minha frente vejo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, meu caro leitor. Faça um escritor carente e necessitado feliz, deixe seu comentário.