Eu estive vazio por tanto tempo,
Meu coração era a casa abandonada
Que você encontrou naquele dia de sábado.
Era como uma casca cheia de ar,
Sem haver se quer uma mulher que a fizesse pulsar,
Até que você veio a preencher naquela tarde de domingo.
Eu, por tanto tempo,
Não fui eu mesmo.
Eu guardei para alguém,
Não sei quem,
O eu que eu havia deixado de ser.
Você pode ser aquela quem espero há tanto tempo,
Percebi que poderia ser você naquela manhã de segunda.
Então eu achei que eu poderia ser eu mesmo,
Mas só eu mesmo não é o suficiente pra você.
Acho que você prefere outra pessoa,
Foi o que percebi naquela noite de terça.
Acho que você prefere outra coisa,
Guardando pra si os seus planos secretos para mim
E silenciando tudo que lhe aflige.
Só peço que me conte seus problemas,
Sua vida, sua história.
Vamos nos conhecer melhor,
Vamos falar sobre nós mesmo num pôr-do-sol de quarta.
Eu posso ser o mais fiel dos teus ombros
E o mais compreensível dos teus ouvidos,
Só peço que me deixe ser o único dos seus lábios.
Deixa eu te ouvir, te falar,
Simplesmente fazer você sorrir.
Deixa eu ser o teu amigo nesta tempestade de quinta.
Mas se teus lábios não se abrem à minha boca
Ao menos deixe que se abram aos meus ouvidos.
Eu posso ouvir suas confissões debaixo do meu guarda-chuva
Que uso pra proteger só a você
De uma chuva de sexta.
Quem sabe um dia eu não te faço mudar de ideia,
Quem sabe um dia você não me ame
E a gente se beije numa madrugada de sábado.
E quem sabe depois nós não veremos o amanhecer de um novo domingo.
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