domingo, 30 de junho de 2013

MADRUGADA

Nesta madrugada
Nada me desconcentra,
Nesta noite pobre
Tu és a minha venda.

Nesta madrugada
Nada me cobre,
Nossas roupas jazem no chão
Depois de bebermos aquele odre.

Nesta madrugada
Nada é em vão,
Qualquer palavra ou tentativa
É feita com razão.

Nesta madrugada
Nada me esquiva,
Minhas mãos te prendem à mim
Enquanto faço com que se sintas viva.

Nesta madrugada
Nada tem fim,
Nosso amor infinito
Da luz àquela sala de marfim.

Nesta madrugada
Nada foi dito,
O olhar era uma palavra
De sentimentos mistos.

Nesta madrugada
Nada me trava,
Mesmo preso àquela sala,
Eu ainda te admirava.

Nesta madrugada
Nada me cala,
É simplesmente normal
Amá-la.

Nesta madrugada
Nada é real,
É tudo uma ilusão,
Fruto do desejo carnal.

Sim, carnal,
Mas não me julgues não,
Afinal, não seria feito de carne
Também o coração?

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