Nasce já tarde a aurora
E as horas vão embora.
Sobe o Sol no céu,
Que cobre tudo com seu véu de luz.
Abrem-se os olhos
Que não dormiram,
Fecham-se os olhos
Que não sonharam.
O sonho nu e cru adormece.
Resplandece o Sol
Nos olhos de prece
Daqueles que só querem dormir.
Daqueles que acordam pra rotina,
Pro trabalho sufocante.
A faxina angustiante
É do Sol, sua sina.
Varre toda a noite em sua faxina,
Apaga as estrelas que deixaram acessas,
Adentra o recinto sem nem abrir as cortinas
E sinto como se tirasse de mim a poeira.
Besteira pensar que o Sol vive pra gente,
Crente, desiludo-me ao ver o Sol poente,
Deixando para trás sua aurora
Para depois vê-lo nascer novamente.
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