Ela é espontânea
E reluzente,
Cheia de uma luz natural
E de um calor aconchegante.
Quando ela dança
É como se o espaço
Se afastasse dela,
É como se o espaço
Desse espaço para seus quadris.
Quando ela gira
É como se o vento
A pegasse na mão e a rodasse
Com a mesma suavidade do próprio.
Quando ela sorri
É como se o Sol
A emprestasse um pouco do seu brilho
E esse calor irradiante desse vida à vida.
Quando ela fala,
É como se os anjos
Ressoassem suas trombetas
Numa melodia celestial
Que trouxesse paz aos desafortunados.
Quando ela dorme
É como se a mãe natureza
A incorporasse,
E toda a orquestra de uivos, pios
E cantos de grilos e cigarras
Estivessem contidos em seu silêncio,
Em seu calmo respirar.
E quando ela beija,
Ah, quando ela beija,
É como a erupção de um vulcão,
Sinto-me invadido pelo explodir
E o renascer de uma supernova
Que faz com que todo o meu corpo formigue
E se preencha em chamas.
E quando ela transa,
Deus meu, quando ela transa!
Sinto-me em alto mar,
Sinto a calmaria,
Sinto o tsunami,
Sinto-me tragar
Para as profundezas do oceano,
Sinto perder o ar
E ter meu corpo invadido por ela,
Invadido por sua água e sal.
Ela me afoga
E me devolve a vida.
Ela desafia as leis da física e da natureza.
Ela tem uma estrela no olhar
E o tempo à engatinhar sob seus pés.
Ela faz a gravidade me soltar
E o espaço se espremer
Para a gente caber numa caminha de sapê.
Ela tem a luz nas mãos
E os anjos no canto que ouço,
Ela tem o meu coração
Em seu livrinho de bolso.
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