quinta-feira, 16 de abril de 2015

SOBRE A AUTODESTRUIÇÃO HUMANA (INDIVIDUAL)

   Freud já dizia que os seres humanos possuem tendências suicidas ou de autodestruição. Alguns mais evidentes, outros mais controlados; alguns ainda canalizam esse instinto para outros "setores" do prazer - o sexual - e o transformam em masoquismo. Muitos ainda externam isso e transformam em instinto de destruição ao próximo, agressividade ou, em poucos casos, vandalismo (não que vandalismo não seja frequente, mas não necessariamente por esse motivo). Outros, além de externar ao próximo, ainda canalizam para o sexual, os sadistas (sim, vários fetiches são explicados de forma semelhante, você se surpreenderia com alguns).

   Resumindo, gostamos de destruir, seja vivo ou não, seja nós mesmos ou o próximo, seja definitivo ou não, parcelado ou direto, não importa. Não ouse negar, você que bebe, fuma ou se droga, você se mata parceladamente, e você sabe, mesmo que no fundo (ou talvez ainda não tenha percebido), que você gosta dessa autodestruição. Você que é masoquista, você se destrói de forma pequena e sente prazer com isso. Quantos já não se cortaram? Quantos já não pensaram "e se eu morresse?" e até gostaram da ideia? E você que faz artes marciais? Que destrói propriedades alheia? Que gosta de bater durante o sexo? A destruição está no nosso sangue.

   Muitos se sentem bem com isso, muitos "se sentem vivos" ao apanhar, bater, arriscar a vida, se cortar, beber, se drogar, enfim. Precisamos sentir a perda para valorizar, e talvez seja para isso que serve esse instinto, para darmos valor às nossas vidas (mesmo que às vezes o instinto principal seja externado ou canalizado). E você, o quanto você se mata para se sentir vivo?

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