domingo, 19 de junho de 2011

TEORIAS SOBRE VODKA E UNIÃO

Ergam os copos irmãos! Vamos brindar à nossa união! Ou qualquer outra desculpa que podermos achar! Pois não é com qualquer um que compartilhamos tamanha sensação. Garganta queimando, olhos vermelhos, não é sempre que podemos aproveitar. Vamos agora nos deliciar, com todo esse formigamento que nos percorre o corpo, a visão embaçada que nos fere o olho.

É incrível como apenas beber com um amigo já nos promove união, vivemos em um mundo de banalidades, onde amamos quem não conhecemos, onde nos interessamos apenas sobre os programas de ontem, os filmes de hoje, e o futbol de amanhã. Tudo o que falamos é sobre coisas externas à vida, coisas que em nada promove confiança, ninguém se interessa em saber pelo que você já passou, suas expectativas, seus pensamentos, seja sobre a vida, o futuro, o mundo ou os seres humanos. Ninguém quer saber sobre suas filosofias, questionamentos, nada. O que realmente tem valor e promove confiança, ninguém jamais se interessa em saber.

Porém, quando estamos tontos e fora de si, nós falamos sobre nós mesmos, falamos sobre vida e decepções, expectativas e filosofias. Então, caros leitores preconceituosos, não venham me julgar e dizer que falo sobre álcool ou filosofias de bêbado, o que realmente estou dizendo talvez vocês, leitores cegos, não percebam, talvez porque a mente de vocês parou a leitura no primeiro parágrafo. O que realmente tento falar é sobre a banalização da amizade, sobre união e confiança, coisas que pelo visto são raras hoje em dia.

Então venham irmãos! Fodam-se agora os leitores que nos põem taxas, que não nos entendem. Vamos virar este néctar de anti-lucidez, ao menos que por cinco segundos. E então podemos falar aquilo que tememos dizer, poderemos esquecer, esquecer o mundo, mas jamais as memórias.

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