sexta-feira, 25 de março de 2011

FUI O ÚNICO QUE SE PERDEU SEM MEU BRILHO

Eu costumava ser como uma estrela-guia,
Um farol iluminando a tempestade.
Eu possuía um brilho forte e característico...
Pelo menos foi o que me disseram.
Mas a estrela tornou-se um buraco-negro,
A luz do farol queimou,
E agora estou em preto e branco,
Sem brilho algum.
Já me pediram para voltar,
Para ser o que eu era antes.
Me falaram que precisavam da minha luz,
Mas desde que apaguei,
Ninguém foi puxado por meu buraco-negro,
Nenhum barco bateu no recife,
E ninguém se perdeu sem minha luz no fim do túnel.
Mas se minha luz era assim tão importante,
Então devolvam-na para mim,
Pois não conseguirei sozinho,
Não foi minha escolha perdê-la,
Ela fora tirada de mim.
Façam com que este buraco-negro torne-se uma supernova,
Consertem a luz deste farol,
Pintem novas cores neste cadáver sem asas,
Devolvam-me o brilho,
Pois fui o único a se perder sem ele.

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