quinta-feira, 25 de novembro de 2010

DE REPENTE...

De repente eu me vejo caminhando sozinho
No que costumava ser uma montanha ensolarada.
De repente as sombras me consumiram
E sem que eu notasse todos foram embora.
De repente as árvores perderam as folhas,
De repente o lago congelou,
De repente as estrelas sumiram,
De repente a colina encheu-se de neblina.
Eu tento reconhecer esta nova paisagem à minha volta,
Mas apenas vejo formas turvas em meio a neblina,
Não há mais aquela certeza
De que as coisas são o que elas parecem ser.
De repente cortes foram criados,
De repente o sangue escorreu,
De repente as rosas murcharam,
De repente os pássaros tornaram-se morcegos,
De repente o vento soou como um uivo distante,
De repente as charadas perderam as respostas.
De repente o fluxo parou,
Minha vida se foi,
De repente o mundo girou,
Girou sem mim,
De repente...
De um simples instante a outro
Sem que eu percebesse tudo mudou,
Mas permaneço aqui.

3 comentários:

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