quarta-feira, 11 de abril de 2012

O TÍTULO QUE VOCÊ NÃO ME DEU

E isso vem crescendo,
Chegando e aumentando como algo novo,
Inesperado, inusitado.
Mas eu já deveria esperar,
Logo eu que venho vivendo tudo do novo,
Não deveria ser surpresa alguma receber mais esta surpresa.
Esta surpresa que é tão bela,
Que chega aos poucos de um jeito tão delicado,
Que bate à minha porta quase sem batê-la.
E eu... Eu não sei se atendo,
Fico com medo, apenas espio pela janela,
Espero, espero esperando que você canse de esperar,
Espero que entre logo de uma vez ou talvez que vá embora.
Mas qualquer coisa é melhor que este "toc-toc" na porta do meu coração,
Porque não quero que seja eu a abrir essa porta,
Não quero ver de toda minha vida passada morta,
Me encarando com aqueles olhos vazios,
Aqueles os quais não tenho coragem de fechar,
Aqueles os quais me acusam e me enchem de culpa.
Sabe... Eu tenho tanto medo,
Ainda mais quando vejo todos aqueles olhares em cima de você,
Todos aqueles desejos em cima de você...
Ah se você soubesse que ninguém te olha como eu,
Que mesmo com meu medo e minha incerteza,
Meu desejo é maior do que o deles,
Pois meu desejo... Ninguém deseja como eu...
Ninguém te vê como eu vejo,
Ninguém te cheira como eu cheiro,
Nem deseja teus cabelos entre meus dedos tão cheios de carinho.
Mas sabe... Talvez eu deixe isso tudo passar,
Talvez eu finja não estar em casa quando você bater,
Eu só não sei, não sei,
Só sei que não quero destrancar a porta,
Não agora, não ainda...
Mas às vezes desejo que você a destranque,
Ou então que entre de fininho pela janela,
Mas cuidado com o alarme,
Ou quem sabe eu mesmo o desative,
Por que, quem sabe, lá no fundo,
Eu queira isso, mas não queira admitir,
Mas tenho medo de agir...
Então quem sabe eu só preciso pensar e sentir,
Respirar e ouvir,
Porque apenas te olhar do olho mágico não faz mágica alguma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, meu caro leitor. Faça um escritor carente e necessitado feliz, deixe seu comentário.