Eu estava caminhando sozinho ao pé da montanha,
Era noite e o céu estava lindo e estrelado,
O vento uivava entre as árvores.
Estava começando a me sentir cansado,
Resolvi então sentar-me ao pé de uma linda cerejeira,
Apenas para poder descansar e aproveitar a beleza daquele local,
Permaneci assim por pouco tempo, nessa calma felicidade,
Mas como nada é perfeito logo o tempo fecha,
A chuva começa a cair atrapalhando-me o momento.
Fui obrigado a me retirar e procurar abrigo,
Logo avistei uma caverna ao longe,
Assim que entrei nela ouvi algo,
Algo me chamando para adentrar a escura caverna,
Algo como uma canção angelical.
Segui o som hipnoticamente,
Estava escuro demais e vez ou outra eu batia contra a parede ou tropeçava no chão,
E logo me vi mancando e cheio de machucados,
O sangue escorria de um ferimento na minha cabeça e outro em minha perna.
Mas logo eu me deparei com um lago,
Diferente do resto da caverna o lago era iluminado,
Iluminado por fragmentos de luz no teto
Os quais eu não consegui identificar o que eram.
Percebi que o som hipnótico vinha de uma linda mulher no centro do lago,
Ela nadava graciosamente enquanto cantava,
E logo me vi apaixonado por ela,
Entrei no lago e fui em sua direção,
Ela me percebeu e foi ao meu encontro,
Nos encontramos enquanto a água ainda batia em nossas cinturas,
Seus olhos violeta eram penetrantes e me hipnotizavam,
Percebi que a estava beijando sem ao menos saber como aconteceu,
Suas unhas roçavam carinhosamente em minha nuca,
Ao mesmo tempo que doía como se quisessem me tirar a vida.
Seu beijo era doce e confortante,
Ao mesmo tempo que sua língua queimava a minha.
E doía muito, mas simplesmente era uma dor boa,
Boa como nada jamais fora para mim,
Eu sentia-me fraco, perdendo a vontade em meio àquela dor,
E sem que me desse conta eu já havia perdido a consciência.
Acordei na margem do lago sabe-se lá quanto tempo depois,
A menina que me fascinava já não estava mais lá, ela se fora,
Levantei ainda machucado e atordoado,
Sentia-me fraco, e vazio de alguma forma,
A chuva já havia parado,
Saí da caverna e continuei minha caminhada,
Mais não havia mais coração neste corpo,
Não havia mais alma,
Ela havia levado tudo.
txaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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