Estava sentado sozinho na praia,
Estava frio e escuro.
A Lua iluminava meu rosto,
Iluminava as lágrimas que desciam minha face.
O vento soprava gélido no meu cabelo,
Tentando me acalmar em vão.
Eu olhava ao redor em busca de conchas,
Em busca de esperança,
Mas o mar parecia ter levado todas elas.
Então resolvo me deitar e chorar em desespero.
Olhava o céu, olhava as estrelas,
Mas nenhuma delas tinha um brilho que me agradava,
Com exceção de uma estrela,
Uma única estrela no horizonte,
Porém ela parecia não querer brilhar para mim.
Mas eu não desisti,
Entrei no mar até a água me cobrir por completo,
E nadei, nadei em direção ao horizonte,
Em direção à estrela.
Começou a ficar cansativo,
Me livrei do que tinha no meu bolso,
Sacrifiquei coisas que gosto,
Joguei fora as roupas que me pesavam e me atrasavam,
Tudo para poder alcançar aquela estrela.
Mas ela parecia não reconhecer tamanho esforço,
Ela ainda não brilhava para mim.
Mas eu continuei nadando,
Sacrificando coisas no caminho,
Sacrifiquei parte da minha alegria,
Parte da alegria dos outros,
Mas parecia que eu não tinha saído do lugar,
Continuava a mesma distância entre mim e aquela bela estrela
Que ainda se recusava a brilhar,
Se recusava a ver meu sacrifício.
Nadei até me afogar,
Comecei a afundar aos poucos,
Até chegar a mais completa escuridão submarina.
E ainda não vi nenhum brilho,
Nenhum brilho em reconhecimento,
Nenhum brilho pra me tirar do escuro,
Nenhum brilho a estrela me deu pra me guiar até ela.
Vinícius Vianna
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá, meu caro leitor. Faça um escritor carente e necessitado feliz, deixe seu comentário.